quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Crônicas do cotidiano...





Eu preciso pegar para gostar.
Tocar. Sentir o cheiro.
Apertar contra o peito.
Eu levo o livro para a cama e quase transo com ele.
Quando acordo e o vejo deitado ao meu lado, adormecido sobre a mesinha de cabeceira, fico tentada a sorrir e perguntar se foi bom pra ele também.
Pra mim sempre é ótimo.
E ele não exige fidelidade.
Espalhados pela casa, acolho milhares de outros livros de diversos tamanhos, uns mais sérios, outros mais divertidos, uns amores para quem eu sempre volto, outros amores de uma noite só.
Livros profundos, livros leves, livros retangulares, livros de bolso, alguns apenas decorativos, outros essenciais.
Todos pulsando.
Têm temperatura, têm as marcas de idade, têm dedicatórias e anotações nas margens.
São seres vivos.
Leitura é sempre um prazer.
Mas pelo computador é um prazer menos envolvente.
Acessou, leu, gozou e desligou.

Sexo sem amor.




[Martha Medeiros -Non Stop, Crônicas do Cotidiano]



Se sinto alguma culpa?






Se eu sinto alguma culpa, não é pelo o que faço às escondidas, é culpa por não sentir culpa alguma. 
Por estar achando tudo condizente com meu grau de exigência em relação ao aproveitamento do meu tempo, condizente com a minha fome, que nunca foi de comida, mas de vivência.
Martha Medeiros

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Seja feliz...




"Tão longa a estrada
Tão longa a sina
Tão curta a vida
Tão largo o céu
Tão largo o mar

Tão curta a vida
Curta a vida"

Seja Feliz e curta! :) 

domingo, 21 de outubro de 2012

O lado escuro da lua...






Sempre tem alguma coisa errada
Às vezes o que sobra é o que nos falta
Algo que não vemos, não sentimos
Tudo que não temos, mas nos fingimos
Eu quase fiz o que eu queria
Eu quase tive algo que eu podia
De novo esse quase, esse sempre, esse nada
Comigo nessa longa e tortuosa estrada
Correndo como um louco
Falta sempre muito pouco
Pra se perder a razão
De olhos fechados
No meio da sua rua
Sonhando acordado
No lado escuro da lua
De olhos fechados
No meio da sua rua
Sonhando acordado
No lado escuro da lua
Copo meio cheio, copo meio vazio
O corpo só esquenta quando o ar é frio
Não quero me lembrar que não faz sentido
Nem me arrepender de não ter vivido
A vida é longa, a vida é curta
Quando todos falam e ninguém me escuta
Cegos que não sabem para onde vão
Aqui está mais um nessa multidão
Correndo como um louco
Falta sempre muito pouco
Pra se perder a razão
De olhos fechados
No meio da sua rua
Sonhando acordado
No lado escuro da lua
De olhos fechados
No meio da sua rua
Sonhando acordado
No lado escuro da lua
Eu tinha sede, me deram gasolina
Não peço nada, me dão menos ainda
Acho que não entendi direito
A perfeição do imperfeito
Eu me queixo
Eu me arrependo
Eu me revolto
Eu me rendo
Querendo o que não podia ter sido
Ser feito de aço e não de vidro
Correndo como um louco
Falta sempre muito pouco
Pra se perder a razão
De olhos fechados
No meio da sua rua
Sonhando acordado
No lado escuro da lua
De olhos fechados
No meio da sua rua
Sonhando acordado
No lado escuro da lua
De olhos fechados
No meio da sua rua
Sonhando acordado
No lado escuro da lua



Capital Inicial

Amei essa citação....